Um dia de verão em Mora - Parte II
Encontro no Hotel Solar dos Lilases, de onde parte a comitiva, a saber, o
nosso guia, o Hugo, a Sofia e eu. As máquinas fotográficas e as lentes são mais
que muitas, todas muito bem arrumadinhas no jeep que nos levará na senda de
garças, cegonhas, perdizes, abelharucos e dezenas de outras espécies.
Foto/Photo: Tomás Nobre
Mal saímos de Mora e já o Jaime vai chamando a nossa atenção para as andorinhas à nossa volta. Fala de quantas espécies existem em Portugal e respectivos nomes.
Mal saímos de Mora e já o Jaime vai chamando a nossa atenção para as andorinhas à nossa volta. Fala de quantas espécies existem em Portugal e respectivos nomes.
A barragem é um deslumbre de se ver a esta hora matinal. Temos à nossa frente dez quilómetros de passeio, quatro horas de puro prazer.
Vimos dezenas de espécies, o Hugo anotou tudo num caderninho providenciado pelo Jaime.
Vimos dezenas de espécies, o Hugo anotou tudo num caderninho providenciado pelo Jaime.
Surpresa das surpresas, o Jaime presenteia-nos com um telescópio para
podermos ver a colónia de colhereiros confortavelmente instalada no meio da
barragem. É um regalo para os sentidos esta incursão pelo mundo
ornitológico da região.
Por volta do meio dia e meia o estômago começa a dar horas, o sol vai alto
e o calor aperta. Regressamos a Mora para o almoço. Felizes, sorridentes, em
paz depois desta imersão na natureza.
Hoje é um dia agitado. A tarde é ocupada com a edição das fotos tiradas
pela manhã e depois partilhadas com a família.
São quatro da tarde. Uma pergunta se impõe. Vamos nadar ao Açude ou à
Ribeira? Elegemos a Ribeira e lá vamos nós mergulhar nas suas águas cálidas.
Fiquem atentos a futuras publicações e verão alguns dos nossos bloguistas a
apanhar sol, estirados na relva.
Na volta, não esquecer de passar nas Alentejaníces para encomendar pão de
centeio para amanhã de manhã. Desta fantástica loja vos falarei um dia destes.
Petiscos no Solar dos Lilases ao final da tarde, a convite do nosso
bloguista Zé Caeiro. Se descrever o manjar alguns de vocês vão, com
certeza, ficar com água na boca. Ameijoas à bulhão pato, moelas guisadas,
espargos com ovos mexidos e batata frita estaladiça, como tão bem se faz no
Alentejo. Tudo regado a bom vinho cá da região. É tão simples reunir os amigos
e passar umas prazerosas horas à conversa, tendo como pano de fundo a planície
alentejana.
O crepúsculo chega devagar. É hora de ir fotografar os sobreiros da rua da
EPAC. Foram descascados recentemente e a nova "pele" brilha num
magnifico tom de mel, dourado, acetinado. Amo esta visão de sobreiro renovado,
belo, fresco, possante. Nunca me canso de os olhar. E mesmo de os
abraçar.
O tempo passa. A noite cai mansamente, é noite de lua cheia e o serão
promete. Festival Música no Rio, os Outros Sons do Fluviário tem no
cartaz Cristina Branco. É tempo de dar ouvidos à música num cenário
deslumbrante, a não perder.
Cristina canta maravilhosamente bem, os músicos
encantam e eu cantarolo as músicas que conheço.
O dia chega ao fim e esta crónica também. Assim vos deixo, com estas sugestões para um dia movimentado para quem não quiser apenas "alentejanar", isto é, simplesmente fazer ronha.
Texto e fotos: Karla Moura
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