Papoilas em manhãs de espanto

Só para lembrar que o Alentejo na Primavera é um permanente encontro colorido com a natureza.

Os campos de papoilas enchem-nos os olhos e exaltam os sentidos. São melodia cantada nas manhãs do espanto.

Um espectáulo natural imperdível.








Pintura/Painting: Felicia Trales

EN - Just to remind that Alentejo in spring is a permanent colorful encounter with nature.
The fields of poppies fill our eyes and exalt the senses. They are melody sung in the mornings of astonishment.
An
unmissable show, you must see.

FR - Juste pour rappeler que l'Alentejo au printemps est une permanente rencontre colorée avec la nature. Nous  yeux s'émerveillent et les sens s'exaltent devant les champs de coquelicots. C'est une mélodie chantée dans les matins de l'étonnement. Un spectacle incontournable à ne pas manquer.
 
Nem sempre

Nem sempre a noite é clara
deixando perceptível
o encarnado vivo das papoilas.
nem sempre
a voz dos pássaros entoa cânticos
onde o silêncio ainda se consome
e a luz lunar prateia os campos,
e das estrelas saem purpurinas azuis ,
e a espuma das ondas salga a areia fina
onde deixamos marcados os nossos pés.
e os nossos corpos.

Nem sempre

Nem sempre da janela do meu quarto,
consigo ver a velha árvore
a suplicar-me que se faça mutismo,
a implorar-me o amainar dos ventos
para que, entre as minhas margens
se contenham as águas.
Sim as águas.
onde vagueiam hastes perdidas,
onde derretem fogos
ainda por extinguir, no rescaldo dos anos.

Mas hoje,

somente hoje,
e, desculpem-me a ousadia:

Faça-se silêncio!

O ruído é-me nefasto ao gesto,
e os dedos contorcem-se
enquanto o pensamento vagueia
entre as sete colinas desse campo
coberto de vermelho vivo,
tal e qual um manto de papoilas,
a afirmarem-se vida,
e a vidraça que nos separa.

Porque hoje,

somente hoje,
da janela do meu quarto,
quero ignorar a ponte secular
que desaba em ruínas,
quero enfeitar a velha árvore
com estilhaços luminosos
de bolas de sabão,
quero agigantar-me e,
extrapolar-me para além do corpo,
ou da pele,
ignorar as margens,
e quem sabe,
tornar-me ilha,
no cimo de uma montanha.

Somente hoje,
deixem-me pintar de azul - as papoilas -
e apagar tudo o mais, que for dissoluto.
                                                                                    
                                                                                   Cristina Cebola

Nem sempre a noite é clara deixando perceptível o encarnado vivo das papoilas. nem sempre a voz dos pássaros entoa cânticos onde o silêncio ainda se consome e a luz lunar prateia os campos, e das estrelas saem purpurinas azuis , e a espuma das ondas salga a areia fina onde deixamos marcados os nossos pés. e os nossos corpos. Nem sempre Nem sempre da janela do meu quarto, consigo ver a velha árvore a suplicar-me que se faça mutismo, a implorar-me o amainar dos ventos para que, entre as minhas margens se contenham as águas. Sim as águas. onde vagueiam hastes perdidas, onde derretem fogos ainda por extinguir, no rescaldo dos anos. Mas hoje, somente hoje, e, desculpem-me a ousadia: Faça-se silêncio! O ruído é-me nefasto ao gesto, e os dedos contorcem-se enquanto o pensamento vagueia entre as sete colinas desse campo coberto de vermelho vivo, tal e qual um manto de papoilas, a afirmarem-se vida, e a vidraça que nos separa. Porque hoje, somente hoje, da janela do meu quarto, quero ignorar a ponte secular que desaba em ruínas, quero enfeitar a velha árvore com estilhaços luminosos de bolas de sabão, quero agigantar-me e, extrapolar-me para além do corpo, ou da pele, ignorar as margens, e quem sabe, tornar-me ilha, no cimo de uma montanha. Somente hoje, deixem-me pintar de azul -as papoilas- e apagar tudo o mais, que for dissoluto.

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Nem sempre a noite é clara deixando perceptível o encarnado vivo das papoilas. nem sempre a voz dos pássaros entoa cânticos onde o silêncio ainda se consome e a luz lunar prateia os campos, e das estrelas saem purpurinas azuis , e a espuma das ondas salga a areia fina onde deixamos marcados os nossos pés. e os nossos corpos. Nem sempre Nem sempre da janela do meu quarto, consigo ver a velha árvore a suplicar-me que se faça mutismo, a implorar-me o amainar dos ventos para que, entre as minhas margens se contenham as águas. Sim as águas. onde vagueiam hastes perdidas, onde derretem fogos ainda por extinguir, no rescaldo dos anos. Mas hoje, somente hoje, e, desculpem-me a ousadia: Faça-se silêncio! O ruído é-me nefasto ao gesto, e os dedos contorcem-se enquanto o pensamento vagueia entre as sete colinas desse campo coberto de vermelho vivo, tal e qual um manto de papoilas, a afirmarem-se vida, e a vidraça que nos separa. Porque hoje, somente hoje, da janela do meu quarto, quero ignorar a ponte secular que desaba em ruínas, quero enfeitar a velha árvore com estilhaços luminosos de bolas de sabão, quero agigantar-me e, extrapolar-me para além do corpo, ou da pele, ignorar as margens, e quem sabe, tornar-me ilha, no cimo de uma montanha. Somente hoje, deixem-me pintar de azul -as papoilas- e apagar tudo o mais, que for dissoluto.

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