Olhar ao longe
Há coisas que se vêm melhor à distância.
Por isso ao fazer a curva da estrada detivemos a marcha, respirámos fundo e contemplámos. Um sobreiro corta a paisagem e destaca-se da massa de sobreiros e azinheiras que pontilham as suaves encostas.
A ribeira de Têra corre mansinha, rasgando a terra, e nas suas águas reflecte-se o imenso azul do céu.
Ao fundo, lá bem ao fundo, vemos a ponte medieval de Cabeção. Quantos passos terá conhecido ao longo dos séculos, a quantas gentes terá aberto o caminho para as terras que perdemos de vista no horizonte? Quantas histórias guardará?
Aos poucos instala-se uma paz interior, o ser torna-se leve e ficamos em harmonia com a natureza e connosco próprios. Espraiamos o olhar pelo horizonte, abarcando a beleza do espaço, deixando o silêncio cantar todo o universo dentro de nós. Olhamos ao longe, para o caminho, e prosseguimos na direcção da distância.
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