Adeus ó Mora Linda - poesia de Manuel Caeiro

Com teus campos verdejantes
Teu clima belo e ameno
Tuas terras cheiram a feno
Tuas gentes são amantes
De sentimentos vibrantes
Que tua imagem alinda
Tua beleza é infinda
E se andas vestida de chita
És uma vila tão bonita
CHAMAM-TE MORA LINDA




Teu povo é trabalhador
E trabalhador progressista
Teu povo já deu nas vistas
Merece votos de louvor
O teu povo tem-te amor
Já disseram, já provaram
Já o teu nome honraram
Ao repudiarem agravos
E se negarem a ser escravos
EM TEMPOS QUE JÁ PASSARAM








Situada num outeiro
Tens a ribeira a teus pés
E das altas chaminés deitas fumo o ano inteiro
Tens um jardim sobranceiro
Tens lindas flores, deolindas
E toda a gente é benvinda
Sempre que alguém te visita
Tens fama de ser catita
MAS ÉS MAIS BONITA AINDA




Tens os Paços do Concelho
E tens ruas com arvoredo
Tens o saber e o segredo
Que te ensinam os mais velhos
Os teus Foros são o espelho
Daqueles que o povoaram
E em suas terras cultivaram
Vinhas, figueiras e rosas
Ó Mora és mais airosa
QUE AQUILO QUE TE CHAMAM

Manuel Luís Caiero, 1983

A segunda fotografia é uma imagem de arquivo da RTP Memória

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