Sortes - a tradição recriada em Cabeção

 

SORTES
Foi recreado hoje em Cabeção, a festa das sortes pela geração de 1963.
As sortes marcavam a apresentação dos jovens à inspecção, para o cumprimento do serviço militar obrigatório.

Munidos de apitos, pandeiretas e acompanhados por um acordeonista, percorriam as ruas da vila, indo de casa em casa recolhendo numa vara os enchidos que a população ia oferecendo.

A festa das sortes era um ritual que ajudava a amenizar a angústia do destino provável de se ter de cumprir o serviço militar em cenário de guerra, dado que, à época, decorria a guerra colonial que tantas vidas sacrificou nos dois lados do conflito.

As cores verde e vermelho identificavam os aptos e o branco e amarelo, os inaptos.
No grupo de hoje apenas um, por ser asmático, ficou livre.
Memórias que não se podem esquecer.
Isto é CULTURA.
                                                                                                  Margarida Nunes









A actividade é organizada pelos homens da geração de 63

Fotos: Margarida Nunes e João André Pinto

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