Malarranha em 6 imagens a Preto&Branco

Podia dizer apenas que a Malarranha é uma terra que se situa entre Pavia e Avis, mas isso era dizer pouco. Ando há mais de 20 anos pelo concelho de Mora e posso dizer que em nenhum outro lugar do concelho sinto tão profundamente o Alentejo como aqui. Os campos de oliveiras pontilhados de sobreiros estendem-se por quilómetros e trazem dentro deles a essência do Alentejo, a grandeza da planície, o silêncio, uma certa solidão prazenteira.

Numa soalheira manhã de Domingo de um Verão que ia ameno passei por estas terras em companhia de Milton Marques Carreiras, um jovem nascido na Malarranha, de Margarida Nunes, uma apaixonada residente que ali encontrou um pedaço de terra que lhe faz lembrar o seu berço de origem em terras de África e de António Nobre, um deslumbrado pelo concelho já lá vão duas décadas.

A primeira paragem para fotos foi no  cimo do depósito da água de onde temos Cabeção a nossos pés. E eu os meus companheiros de viagem.

Dali rumámos ao Cruzeiro e à Mamoa do Monte dos Condes. Para quem não sabe, uma mamoa é um montículo  artificial, redondo ou oval,  que cobre uma câmara dolménica. Encontra-se à beira da estrada, o que a torna fácilmente visível. Está documentada pelo Portal Megalítico

Seguiu-se uma paragem no topo do Monte dos Condes para apreciar a bonita paisagem que nos oferece a confluência das duas barragens existentes na propriedade.  

A manhã ia avançada e a temperatura do ar já começava a aquecer os corpos quando encetamos a curta caminhada que nos levou até à barragem das Carapinhas, passando por uma estreita passagem de pedra sobre aquilo que é, no Inverno, uma pequena queda de água.

No trajecto encontramos esta graciosa casa que não resisti a fotografar.

A visita acabou onde começou, no Largo da Malarranha.